terça-feira, 8 de novembro de 2005

Velho Ranzinza

Descobri que virei um ranzinza. Um velho chato e resmungão, daqueles que olham para o céu azul e reclamam que o Sol está quente ou que olha para as nuvens e reclama que só chove. Um típico Almeida, aquele hipocondríaco da tirinha do Urbano. Pra piorar meu nome É Almeida mas ainda não estou realmente velho embora conviver com pessoas cada vez mais novas me façam sentir assim.


Agora na academia tem um moleque de 1,87m e 14 anos!! Queria saber o que estão dando para essas crianças crescerem tanto, mas não vem ao caso agora. Porra, ele deve ter nascido em 1991, eu estava na quinta série do primeiro grau, algo que nem existe mais hoje. Eu acompanhei a votação do impeachment do Collor voto a voto, marcando do lado do nome de cada deputado como eles tinham votado. Lembro até o nome do que deu o último voto necessário para garantir o impeachment, João Romano. Só não me perguntem o partido. Pra completar, tenho saído com uma menina que não sabe qual é o tênis Bamba. Ou qual era, porque acho que ele nem existe mais. E olha que com toda essa onda de anos 80 acho até curioso ele não ter voltado.


Mas voltando à minha rabugice. Mesmo que eu sempre mantenha o bom-humor e que mesmo para reclamar eu o faça sob a forma de piadas, tenho tido muitos pensamentos aborrecidos e jogado muitos deles aqui. Já andei vendo os textos mais antigos e sei que eram relativamente mais interessantes.


Parte da culpa disso é da memória. Penso em algo para escrever mas esqueço na hora que estou na frente do computador. Outra parte é que não estou mais com vontade de ficar contando da minha vida para o mundo todo. Que se dane, vou contar só o que quiser, se é que dá para fazer isso sem reclamar.


E outra parte da culpa é sua, que vem aqui e nem deixa um recado, fico com a impressão de que esse lugar está às moscas.

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