No dia 11 de setembro de 2001 eu trabalhava no aeroporto Antônio Carlos Jobim - Galeão, no Rio de Janeiro. Era estagiário na empresa que cuidava da manutenção elétrica do aeroporto, não tinha nenhum envolvimento com aviões, somente em fazer o aeroporto funcionar. Lembro que nesse dia eu cheguei na hora do almoço e outro estagiário brincou comigo dizendo que era eu quem estava jogando as bombas nos EUA. Eu não sabia de nada do que estava acontecendo, não acreditei muito quando ele disse que estavam bombardeando os EUA mas achei estranho não encontrar ninguém no prédio da empresa. A sala de plantão, único lugar que tinha uma TV, estava lotada e então eu soube o que estava acontecendo no mundo.
Quando os EUA invadiram o Afeganistão em resposta aos ataques, quase ninguém questionou, ao contrário do que houve no Iraque anos depois. Eles haviam sido atacados por uma organização terrorista que era abrigada naquele país, todos esperavam que a nação mais poderosa do mundo revidasse. Curiosamente até hoje não pegaram aquele que seria o principal mentor dos atentados, Osama Bin Laden.
De lá pra cá o que não faltam são teorias da conspiração sobre o que ficou conhecido como 11 de setembro, assim mesmo, sem nome. Só em mencionar essa data todos sabem do que estamos falando (desculpe, Van, você sabe que não é do seu aniversário). Que interesse os EUA teriam em deixar passar o ataque fingindo que não sabiam de nada ou até simulá-lo, atacando seu próprio país, matando milhares dos seus cidadãos? A invasão ao Iraque depois disso serviu como um exemplo pois mostrou como uma desculpa serviu para dominar o segundo maior produtor de petróleo do mundo.
Mas e o Afeganistão? Na época eu soube que finalmente iam poder passar um gasoduto pelo território do país, coisa que o Talibã não deixava. Mas hoje, lendo o blog do Dilbert, cheguei até a notícia do NY Times de que foi encontrada uma reserva mineral da ordem de trilhões de dólares no solo afegão e essa reserva inclui uma bela quantidade de lítio. E daí, lítio? Acontece que o lítio é material essencial para fazer a grande maioria das baterias recarregáveis usadas atualmente!
Ou seja, se hoje temos um problema por depender do petróleo do Oriente Médio, uma área politicamente instável (algo que eu sempre achei bem irônico), sabemos que o substituto dessa fonte de energia, a eletricidade, que pode nos dar carros elétricos, está sob o solo de um país mais instável ainda.
Com isso podemos concluir, como o Scott Adams, que os EUA NUNCA sairão do Afeganistão. Ou vocês conseguem imaginar o Tio Sam e boa parte do mundo dependendo da boa vontade de terroristas talibãs que enriquecerão vendendo lítio? E nem falem em questão ética, se Bin Laden enriqueceu negociando com os EUA, por que o Talibã não poderia fazer o mesmo?
5 comentários:
Eu sempre achei que tinha um motivo a mais para as tropas não saírem de lá...
Enfim, o mundo desde q é mundo tem alguém enriquecendo nas costas de alguém!
Beijos saltitantes
É também admirável a quantidade de pessoas que ainda quer defender certas posições baseadas na passagem do tempo:
- Gente! Estamos no século 21!...
Besteira! Desde sempre, o mundo é como diz o sábio antigo:
- Nada de novo. O que existe hoje, já aconteceu antes, e de agora voltará no futuro.
Meu pai ja de muito tempo falava que os atentados tinha outros propositos, mas eu sempre apoiava os Eua, pobre criatura que eu era.
So depois de uns tempos pra ca que comecei ate a ter uma visao diferente(mas ainda sim,muito pobre). Mas enquanto a midia ou qual quer outra coisa for forte para criar essas possiveis conspiracoes, muita gente ainda vai morrer por petroleo e dinheiro.Afinal, o que move o mundo e o dinheiro e que se foda os outros. ;/
Os interesses capitalistas dos norte americanos quase os levaram a falência. Contudo, eles fazem de tudo pra conseguir o que quererem por isso espero qualquer coisa lá. Pouca coisa me surpreenderia.
Fico triste pelos afegãos.
Eu estava na frente da CNN na hora do ataque.Comemorei como o Hexa do Brasil.Foi uma das coisas mais fantásticas que eu vi acontecer, na hora.Inacreditável, poder presenciar a história da humanidade acontecendo na sua frente.
Postar um comentário