sexta-feira, 25 de junho de 2010

A Lei de Darwin

Há alguns anos um grupo de pessoas notou o crescente nível de estupidez da humanidade e ficou alarmado pois isso poderia nos levar de volta à idade das cavernas. Alguns poucos eram responsáveis por manter um número cada vez maior de estúpidos e manter o nível intelectual e tecnológico da humanidade condizente com a era em que vivíamos. Algo precisava ser feito e foi criada a Lei Universal de Darwin, homenagem ao pai da Teoria da Evolução. A idéia era simples: eliminar pessoas perigosas para o avanço da humanidade por causa de sua estupidez. Como o Prêmio Darwin, que "premiava" pessoas que causavam sua própria morte de maneira estúpida ajudando desta forma a seleção natural da espécie, a Lei Darwin daria uma forcinha nessa seleção, extinguindo indivíduos que não cuidassem disso por conta própria. A Lei prefere o termo extinção, por motivos óbvios.

Para isso são selecionadas pessoas ao redor do mundo, não necessariamente as mais inteligentes, mais ricas ou mais famosas, muitos ricos e famosos aliás se enquadraram nessa nova lei e foram extintos. Os candidatos se submetem a testes rigorosos e se tornam Darwin Officer, DO, com autorização para julgar e executar a Lei Darwin em qualquer lugar. A punição por essa lei pode ser uma reeducação ou a extinção. A contestação da decisão de um DO pode ser punida imediatamente dentro da própria Lei de Darwin. Para evitar abusos, os julgamentos de um DO são analisados posteriormente e ele pode ser punido caso este tenha sido mal feito. Se, no momento de uma extinção, alguém protesta se dizendo parente, especialmente filho, do indivído extinto, corre sério risco de sofrer a mesma pena pois a Lei visa que esses indivíduos não proliferem sua estupidez, seja por meio genético ou educacional.

Outro dia eu voltava para casa e no ônibus vi um caso em potencial. Um indivíduo ouvia uma versão extremamente irritante, com uma voz esganiçada, de uma música pop do momento. A qualidade da música não era questionável mas prossegui a análise. Alguém tem que ser muito estúpido para fazer aquela versão, outro mais estúpido ainda para baixá-la e mais ainda para colocá-la no celular para ouvir. E, para piorar, esse indivíduo o fazia em local público e fechado, obrigando outros a ouvirem também e em um ambiente em que é proibido a utilização de aparelhos sonoros. Não havia dúvidas, era um caso a se aplicar a Lei. Ato contínuo, saquei minha arma e extingui o indivíduo com dois tiros certeiros na cabeça, de forma a não atingir mais ninguém. Ao começarem protestos exibi meu distintivo de DO e todos se acalmaram. A polícia foi chamada para averiguação como sempre e fiz meu dever para a Humanidade mais uma vez.

PS: Isso tudo é ficção e se você não percebeu isso, cuidado para não ser enquadrado na Lei.
PS2: Ontem li que a enfermeira da foto que publiquei outro dia faleceu. O jornal, como boa fonte de informação, disse que o marinheiro nunca foi descoberto o que é uma estupidez já que ele foi encontrado para refazer a foto anos depois.

3 comentários:

Adao Braga disse...

Se fosse verdade, quantos criadores ainda estariam na organização?

a calma alma má disse...

Murdock, escrevi um post lá no meu blog e te citei tá?
bjs.

Silvia Mantovani disse...

Ainda bem que vc avisou que era ficção! Já viu que tem um povo meio apressado em concluir e vc teria que valer a lei!

Acho que vc tem um talento especial para a ficção, por que não explora mais esse dom?

bjsss

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