domingo, 19 de agosto de 2007

Um poema sem título

Choro todo amor, que não amei...

Choro todo riso, que não ri...

Choro a alegria q não senti,

ou se senti não mostrei..

Choro, enfim todo amor

que só soube dar pelo avesso!

Luzes que em mim mesma apaguei!

E essa dor se demora...demora...

roda, rela, rala nos cristais gelados,

que me formei na alma

nas vezes que chorei para dentro

o que deveria ter chorado para fora!

Choro o conforto, que não dei

Choro a carícia , que não troquei.

Choro o auxílio, que não prestei.

Choro a flor, que pisei.

Choro a mão, que não apertei.

Choro a amizade, que não quis.

Choro a prece, que não fiz.

Choro a flor, que não ofertei

(aquela mesma que pisei)

No rosto já há caminhos p/as lágrimas

e qualquer um pode ver que sofri,

a perda de momentos,

do riso que não ri

por tudo que me neguei!

Foi longo o caminho

para sair desse labirinto

e reconhecer esse medo:

-de laços!

Enfrento, agora, a vida e não

mais minto p/mim!

que hoje!... hoje...

essa ausência de laços precisa tanto de abraços!!


(Maria Mercedes Paiva)

2 comentários:

Moça disse...

Nossa, eu sei que alguém vai rir se ler o meu comentário e eu espero rir depois tb, mas eu chorei com o poema, pois além desse poema pedir um choro eu ainda estou ouvindo uma música que sempre me faz chorar (Can't take My Eyes of You).
Que mulher mole...

Van disse...

Po, eu tô sensível a beça e ainda venhoa qui e leio um poema desses...
:~

Beijos

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