Choro todo riso, que não ri...
Choro a alegria q não senti,
ou se senti não mostrei..
Choro, enfim todo amor
que só soube dar pelo avesso!
Luzes que em mim mesma apaguei!
E essa dor se demora...demora...
roda, rela, rala nos cristais gelados,
que me formei na alma
nas vezes que chorei para dentro
o que deveria ter chorado para fora!
Choro o conforto, que não dei
Choro a carícia , que não troquei.
Choro o auxílio, que não prestei.
Choro a flor, que pisei.
Choro a mão, que não apertei.
Choro a amizade, que não quis.
Choro a prece, que não fiz.
Choro a flor, que não ofertei
(aquela mesma que pisei)
No rosto já há caminhos p/as lágrimas
e qualquer um pode ver que sofri,
a perda de momentos,
do riso que não ri
por tudo que me neguei!
Foi longo o caminho
para sair desse labirinto
e reconhecer esse medo:
-de laços!
Enfrento, agora, a vida e não
mais minto p/mim!
que hoje!... hoje...
essa ausência de laços precisa tanto de abraços!!
(Maria Mercedes Paiva)
2 comentários:
Nossa, eu sei que alguém vai rir se ler o meu comentário e eu espero rir depois tb, mas eu chorei com o poema, pois além desse poema pedir um choro eu ainda estou ouvindo uma música que sempre me faz chorar (Can't take My Eyes of You).
Que mulher mole...
Po, eu tô sensível a beça e ainda venhoa qui e leio um poema desses...
:~
Beijos
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