Viajando no tempo

Já tem um tempinho que fico com um certo tipo de pensamento e de uns dias pra cá isso aumentou. Coisa de maluco, admito, vou explicar.

Estava vendo um documentário sobre o Universo. Os cientistas sabem que o Universo se expande cada vez mais rápido, ou seja, as estrelas, planetas, galáxias e tudo o mais fica cada vez mais longe e cada vez mais rápido. O programa falava sobre daqui a quase todos os trilhões de anos em que as estrelas principais terão apagado e até falava numa possível vida da Humanidade ao redor de uma anã branca, absorvendo a fraca energia emitida por ela.

Nesse Universo o céu é sempre escuro, não vemos estrelas, não existe dia ou noite, nossa contagem de tempo certamente seria ridícula se a usássemos nosso método atual porque não existiria Terra em rotação e nem um Sol para girarmos em volta e marcarmos os anos. Talvez a contagem fosse mantida por um relógio padrão, universal, sei lá.

Mas agora muitas vezes quando observo uma coisa penso "daqui a zilhões de anos será que isso fará sentido?". Por exemplo, será que nesse planeta artificial e mergulhado numa noite eterna fará sentido citar a Segunda Guerra Mundial, Hitler, nazismo e o Holocausto? Será que, de alguma forma, se lembrará de Chaplin, o tricampeonato de 70 e Ghandi? Os filmes e músicas de hoje ainda serão ouvidos? A História da Terra ainda será contada desde o princípio, com meção ao Egito antigo e o Império Romano? Ou será que será contada apenas a partir do Grande Êxodo, quando deixaremos a Terra a procura de um lugar habitável no Universo?

Até quando falam de aquecimento global agora eu penso "e daí, daqui a zilhões de anos estará tudo escuro mesmo..."

É coisa de maluco, eu avisei.