domingo, 18 de julho de 2010

500 reais

Há uns meses contei do caso do roubo da bolsa da minha mãe. Levaram com tudo, cartões, documentos. Acabamos enfrentando problemas porque usaram alguns cartões e mandaram a cobrança pra cá. Curiosamente os dois cartões eram bancados pela mesma financeira, um no meu nome e outro no nome da minha mãe. Meu nome quase foi parar no SPC e Serasa mas, depois de recorrer ao Procon retiraram as dívidas. No entanto a finaceira continuou com cobranças de tarifas, taxas e juros. Entre enrolação no telefone em que nos deixavam esperando para não darem jeito em nada, acabamos no tribunal de pequenas causas onde minha mãe e eu ganhamos, cada um, 500 reais de indenização.

Eu lembro que nas primeiras ligações para a financeira, ao se recusarem a cancelar a dívida por eu não ter feito o seguro do cartão, eu disse algo como "olha, eu tenho o boletim de ocorrência aqui de que esse cartão foi roubado, se eu entrar na justiça eu vou ganhar, vocês tem certeza de que vai precisar chegar a isso?".

Agora meu PC parou de funcionar pela terceira vez em pouco mais de um ano, aparentemente é o mesmo problema. Ano passado tive problemas assim com meu notebook, sempre o mesmo problema, a cada vez que ia lá era um defeito diferente, que na verdade devia ser o mesmo. Curioso é que nos dois casos os equipamentos estvam na garantia, quer dizer, eu não estava tendo custo maior do que o aborrecimento. Aí eu me pergunto, por que os caras se recusam a oferecer o serviço decente, um produto decente? Por que enrolar o cliente e até tentar colocar a culpa nele? É tão difícil assim trabalhar bem? Será que não é mais barato consertar de vez o problema?

Se engana quem pensa que isso é coisa de empresa pequena. O vendedor do PC é pequeno mas a financeira do cartão é uma grande empresa do ramo financeiro, o fabricante do meu notebook é uma grande multinacional, embora sua assistência técnica autorizada seja pequena. E, para mostrar que isso também não é só coisa de brasileiro, a fabricante do celular mais popular do mundo enfrenta problemas na antena do último modelo do seu aparelho e tenta colocar a culpa na forma como o usuário o segura e diz que outros fabricantes enfrentam problemas iguais.

Será que dou nome aos bois? Acho melhor em off.

4 comentários:

Silvia Mantovani disse...

Carissimo,

Eu acho que nesses casos os bois devem ser nomeados sim, é uma ajuda aos outros consumidores, um alerta para nós e as empresas tem que arcar com as conseqüências da ineficiência do atendimento. É uma sacanagem, na hora de vender, eles prometem tudo, depois nem atendem o telefone do SACs. É um desrespeito com o consumidor.
Boa semana para vc.

Bjsss

H-SAMA disse...

eu acho q eles pensam que é mais barato porque a minoria reclama.
então acaba saindo, já que 1 em 100 reclamam e o produto é ruim e barateenho.

isso é o que a china faz, cada vez pior e todos compram

Anna Flávia disse...

Foi pouco ainda, por todo aborrecimento que vocês passaram, mas tá valendo.

Adao Braga disse...

Eu nunca ganhei indenização, mas, já fiz barulho pra caramba até que meus direitos fossem garantidos.

- A COELBA já me conhece desde o inicio do século.

- O cartão me cobrou durante uns bons anos, até que avisei que só entraria em acordo com eles na justiça e eles apresentando os contratos assinados, e as provas de que eu usei algum cartão deles, e os desafiei a colocarem meu nome no SPC e Serasa. Nunca mais me ligaram.

A tática é conhecida. Vende-se um produto defeituoso. O dinheiro entra no caixa. E eles tem capital de giro. Durante um ou mais meses tem dinheiro garantido.

Depois, paga-se a assistência técnica uma pequena parte. O importante é ter dinheiro em caixa.

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