quinta-feira, 9 de abril de 2009
Kiss
Se eu for ficar comentando e descrevendo o show do Kiss no Rio de Janeiro vão achar que copiei alguma resenha do show de São Paulo. Tal como o Iron Maiden, até as brincadeiras com o público parecem ter sido as mesmas (inclusive a introdução de "Stairway to Heaven" antes de "Black Diamond"). De diferente "faltou" "Love Gun" em que Paul Stanley desceu de tirolesa ou o voo de Gene Simons, o que pode ter sido evitado por causa da chuva apertou em "Parasite" e que caiu forte durante uns quinze minutos. E também a voz de Stanley que faquejou várias vezes, dava pra ver que ele estava rouco e pareceu ser ajudado algumas vezes por Gene Simmons e Eric Singer mas mesmo assim segurou o que pode, não evitou brincar com a platéia e ensaiar um duelo com a guitarra de Tommy Thayer. Aliás, Thayer incorporou o estilo de Ace Frehley nos solos.
O que não li nas resenhas foi, por exemplo, o começo do show, com "Won't get fooled again" do Who. Pode ser opinião apaixonada mas foi de arrepiar, sincronizando até as viradas da música com a entrada da cortina que escondeu a preparação do palco. Eu digo que, se tocasse bateria, seria por causa dessa música e aí eu ouço Eric Singer acompanhando as viradas finais antes que a cortina caia com a entrada da banda.
Quem vai a um show do Kiss não espera virtuosismo, improvisações, grandes composições, arranjos complexos. A banda não chegou a influenciar outras musicalmente, não deixou um legado nesse sentido mas mudou o jeito de uma banda se apresentar, trouxe mais encenação, personagens no lugares dos músicos e diversão sem grande compromisso artístico.
Portanto, pessoas que tentam comparar Kiss com Led Zeppelin é como tentar comparar Villa Lobos a Chico Buarque: são coisas totalmente diferentes, cada um com seu valor.
Show do Kiss é diversão e quem não foi, perdeu. Diversão pura, pra pular, gritar e cantar se souber. Se não souber também, tá bom.
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