O jornal O Dia estampa na manchete que, em busca do voto dos evangélicos, José Serra não defenderá o direito dos gays, palavras de seu vice, Índio da Costa.
No mesmo jornal diz-se que a Dilma vai tentar desmentir que é a favor do aborto. Como se tendo um presidente contra o aborto fosse diminuir a quantidade deste procedimento realizado por aí em açougues de fundo de quintal. Lembrando que foi o outro candidato que, quando ministro da saúde, autorizou o aborto em certas ocasiões.
Quer dizer, estamos caminando para o fim do nosso Estado Laico.
5 comentários:
Olha que 2012 está chegando... é o mundo se acabando! Você vota consciente em alguém? Um é melhor que outro? Grandes porcarias :(
A posição do Ministro José Serra e FHC na época, e a posição do PT e de Dilma são diferentes Daniel.
O FHC e José Serra queriam e propuseram a regulamentação sobre como é que o Estado deve atender as mulheres que:
1 - Foram estupradas e engravidaram;
2 - Estão grávidas e correm risco de morte;
3 - Estão grávidas e o feto apresenta má formação e irá nascer com deficiência diversas.
Sobre isto que o Ministro e o Presidente propuseram... é só ler por ai.
O que Dilma e o PT propoem é que toda e qualquer mulher que praticar ABORTO por QUALQUER MOTIVO, não responda aos rigores da lei.
Eu perguto assim:
- Eu tenho uma amiga que depois que o namorado terminou com ela, praticou um aborto.
Isto é crime ou ela tem esse direito?
Defender a lei é uma coisa diferente de DISCRIMINALIZAR o aborto.
A lei que permite o aborto em casos especificos, pune em até 3 anos as mulheres que cometerem aborto fora do que a lei permite.
O que acontece, Adão, é que as pessoas falam hoje da Dilma como falaram do Serra e FHC quando eles regulamentaram esse caso.
Não quero discutir aqui a questão do aborto em si mas como as pessoas estão tratando a relação da Dilma com esse assunto.
Honestamente, eu concordo com o bispo da CNBB que disse que esse assunto não deve ser o polarizador da eleição, não deve servir como motivo para votar em A ou B, ainda mais pelos motivos que expliquei no post anterior.
Também acho que o tema "aborto" não deve ser o polarizador da eleição.
Mas só pra esclarecer, em adendo ao Adão:
É o Código Penal, lei de 1940, que define os casos em que o aborto é permitido.
Pelo art. 128 do CP, só se permite aborto em 2 situações:
- se não há outro meio de salvar a vida da gestante ou
- em caso de estupro.
O que o Serra fez, como Ministro da Saúde, foi apenas NORMATIZAR, dizer COMO o SUS deveria agir nesses casos autorizados por lei, por esse art. 128 do CP.
Ou seja, quem autorizou o aborto foi essa Lei de 1942, não foi o Serra...
Já a Dilma era favorável à discussão do tema (tem declarações antigas dela nesse sentido, só procurar), mas por razões eleitoreiras agora diz que é contra ampliar os casos permitidos.
Por outro lado, achei super corajosa a posição da Marina Silva: Embora seja evangélica e pessoalmente contra o aborto, disse em conferência para a CNBB com os presidenciáveis que defendia plebiscito pra discutir a questão. Desagradou à platéia...rs
Com isso ela provou que sabe separar direitinho religião e política.
Demonstrou também que sabe que Democracia não é fazer prevalecer suas convicções, mas sim é ouvir a todos e acatar a decisão alcançada, mesmo que ela pessoalmente lhe desagrade.
Mas voltando ao dito no início, aborto não define o meu candidato - sou favorável à liberação do aborto mas nem por isso voto na Dilma, mesmo que ela dissesse o que realmente pensa a respeito (ela também é a favor, como eu).
olha dá tristeza de ver...
não dá gosto de votar...
/(,")\\
./_\\. Beijossssssssss
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